Daniela Mercury Levanta Debate sobre Representatividade

A cantora Daniela Mercury fez uma declaração polêmica durante sua apresentação no Festival Virada Salvador, no dia 1º de janeiro. Em seu discurso, ela questionou a falta de representatividade dos blocos afro na escolha da música do Carnaval em Salvador. Mercury expressou sua preocupação com o fato de músicas desses blocos não estarem concorrendo de forma justa nas seleções para a música oficial do Carnaval.

Ela destacou a importância histórica e cultural dos blocos afro, como Ilê Aiyê e Olodum, na música baiana, especialmente na consolidação do gênero conhecido como axé music. Mercury argumentou que esses blocos, que foram fundamentais para o desenvolvimento do Carnaval em Salvador, não têm recebido a devida atenção e exposição nos últimos anos.

Os blocos afro, como o Olodum, foram responsáveis por introduzir a batida do samba-reggae, contribuindo significativamente para a música baiana e brasileira. A cantora ressaltou a resistência desses blocos como redutos da ancestralidade africana e polos de resistência do povo negro na Bahia.

A discussão levantada por Daniela Mercury destaca a importância de garantir uma representação justa e equitativa nos eventos culturais, especialmente considerando o legado e a contribuição histórica dos blocos afro para a música e a cultura baiana. A declaração da cantora provoca reflexões sobre a necessidade de promover a diversidade e a valorização das raízes culturais nos eventos carnavalescos e culturais em geral.

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